domingo, 4 de outubro de 2015

A IMPORTÂNCIA DO APOIO À CENA ROCK/METAL

(Tem que vestir a camisa)

     Que dia de júbilo abençoado pelos deuses este! Ontem, lições de aikidô à minha esposa pela manhã, caixa de teatro com a peça Mundo Jurássico logo após o almoço e mais tarde petiscos e cerveja na taverna Flaming Brothers. Quer coisa mais revigorante? Ainda não tenho planos para hoje, mas já cedo levantei com vontade de ouvir um som à bárbaros tupiniquins. Pegue este toco aí do lado, vamos papear enquanto ouvimos os pássaros brincarem debaixo daquela árvore. Sabe,  já tem um tempo que venho pensando em tomar uma séria decisão na minha vida que até então me parecia desimportante: apoiar ao máximo que puder os músicos de meu país. No entanto alguns fatos vieram provar-me que eu estive equivocado em não fazê-lo.

(Banda Silence de Pouso Alegre -MG)
     Quando eu era parvo, meus amigos e eu, jovens rebeldes que buscavam fugir das cidades para refugiarem-se em cavernas distantes tendo a noite embalada com bardos do rock em torno de vivas fogueiras, movimentávamos mais o mercado sonoro dos grupos que gostávamos de escutar. Contudo, com o passar dos anos, esta magia foi desaparecendo gradativamente até praticamente extinguir-se. Quando nos encontramos nos dias de hoje é raridade falarmos de festivais de música em que estivemos, quanto mais discutirmos a respeito de álbuns que compramos. Então terminamos por afirmar sem ponderação: Os bardos do rock atualmente não são como os da antiga. Mas é claro que não são! Nós mesmos paramos de ajuda-los.
        Como comentei no início dessa nossa prosa, algumas coisas me incentivaram a refletir sobre isso. A primeira foi o último lançamento da banda Lothlorÿen, de Poços de Caldas – MG, a obra Principles of A Past Tomorrow, marcando o início do meu re-interesse pelo som nacional. Em seguida veio a infeliz notícia de que os maravilhosos músicos do Dr.Sin se separariam, em um ótimo artigo de Regis Tadeu para a ciberpage do Whiplash.  Inclusive gostaria de salientar que o crítico e produtor musical Regis, apesar de sua participação em programas de auditório, que nos fazia parecer que ele nada de boa música entendia, tem me feito mudar de opinião sobre sua pessoa em leitura de seus coerentes escritos. E para que eu batesse o martelo em minha decisão de apoio à cena veio a entrevista de Corey Taylor, do Slipknot, ao site Wikimetal, pouco depois de sua apresentação no RIR 2015, declarando que a atual mídia não deseja que o metal tenha sucesso já que ele está sobrevivendo às próprias custas sem a necessidade de contratos para propagandas televisivas, ou venda de automóveis ou de grandes franquias de fast food. O que me fez perceber que, ainda que às duras penas, nossos músicos que antes tanto prestigiávamos ainda estão batalhando para nos ganharem novamente.
     Então, meu bom companheiro, tenha em mente que o sucesso ou a morte dos bardos que você mais gosta em dias difíceis como os modernos depende muito de sua colaboração indo a shows, consumindo seus materiais físicos, divulgando seus trabalhos entre amigos. Eu me esforçarei para fazer minha parte. E você?
    Pondere bastante sobre esta nossa conversa. Vou-me indo, pois ainda há um belo dia de júbilo para ser aproveitado...